A primavera, Monet
Hoje no ônibus havia um casal - essa de casais está se tornando uma constante.
Ele contava seus planos para o futuro, assim, no ônibus, como quem conta o que comeu no almoço.
Ela via seus planos se despedaçarem, dizia que cada um ia terminar seguindo seu caminho. Provavelmente era o fim. "Será que ele não entende como isso é importante?"
É, ele entendia, mas não sabia o que fazer para que o fim não chegasse. A cada palavra dela, ele só conseguia abraçá-la, e soltá-la, para olhá-la no rosto e ver se o abraço tinha provocado algum sorriso.
Abraçá-la e soltá-la.
Abraçá-la e soltá-la. Como se com um carinho, todos os problemas acabassem.
Ele então parou, cansou, desistiu... Então foi ela quem o abraçou. Talvez com um carinho os problemas realmente vão embora.
Talvez não.
Essa sim é uma história verídica.Créditos do título para minha amiga Elís!
Que lindo isso. E que triste ao mesmo tempo. É triste saber que às vezes nem todos os abraços do mundo conseguem mudar alguns caminhos... E adorei o marcador também. O que acontece com as palavras que falamos? Hm, é uma pergunta que eu sempre me faço, rs. Acho que algumas morrem, mas - com sorte (ou não) - talvez algumas sobrevivam nos ouvidos alheios, rs.
ResponderExcluirBeijos, moça do ônibus, continue postando que seus textos são lindos. :)
A primeira coisa que eu preciso comentar é que seus marcadores são o máximo! Estão cada vez mais interessantes e criativos! São um bônus, um complemento para as histórias/apontamentos/pensamentos que você posta no blog. Sempre adicionam mais alguma coisa a um texto que já é muito bom de ler. :)
ResponderExcluirAdoro como as coisas que você escreve atribuem significado para as pequenas coisas! (papo fenomenológico? Será?) São textos muito ricos!
:*